quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tony Curtis (1925-2010)

  Nesta manhã (30/09/2010) fui acometido de uma notícia nada agrádavel, na pagina se dizia:
O ator americano Tony Curtis morreu aos 85 anos, informou nesta quinta-feira sua filha, a atriz Jamie Lee Curtis, ao site "Entertaiment Tonight". 
  
Tony Curtis (Bernard Schwartz) nascido em 03 de junho de 1925. Filho de um alfaiate húngaro imigrante, ele teve uma infância bastante difícil no bairro do Bronx, Nova York, onde a família morava nos fundos da alfaiataria. Sua mãe e um dos seus dois irmãos eram esquizofrênicos, o que fez com que ele e o outro irmão fossem internados num orfanato aos oito anos de idade, por impossibilidade do pai de tomar conta de todos. Curtis sempre foi uma pessoa excepcional, com um bom humor fora de serie, enfrentava grandes problemas, mas com seu talento e beleza, conseguia superar boa parte deles.


SUCESSO:

 Curtis serviu na marinha durante a Segunda Guerra Mundial e foi um espectador privilegiado da rendição japonesa na Baía de Tóquio em 1945. De volta aos Estados Unidos, passou a estudar teatro, e em 1948, devido à bela aparência e aos olhos marcantes que o tornariam ídolo do público feminino nos anos seguintes, foi contratado pelo estúdio Universal de Hollywood, que lhe colocou em aulas de esgrima e montaria e trocou seu nome de batismo para Tony Curtis, dai em diante foi um salto para o sucesso, ele tinha tudo pra ser um astro de Hollywood, ele possui todos os ingredientes. Tony provaria o seu talento em filmes como A Embriaguez do Sucesso com Burt Lancaster, Acorrentados com Sidney Poitier - que lhe renderia uma indicação ao Oscar - , O Estrangulador de Boston ou O Homem Que Odiava as Mulheres, em que interpretava um psicopata real e aquele que seria o seu mais duradouro trabalho na lembrança dos cinéfilos: o clássico de Billy Wilder, Quanto Mais Quente Melhor, com Marilyn Monroe e Jack Lemmon.
 Tony era daqueles atores de que podemos falar que interpretava qualquer papel, ele adentrava no mundo do personagem, claro nunca perdendo sua marca Curtis de ser, marca que todos os grandes astros considerados hoje pelas criticas deixaram.
 As Bilheterias de Curtis viravam as esquinas tanto dos EUA quanto do Brasil, quando por aqui era anunciado um filme com Tony Curtis, logo os ingressos acabavam, sua fama era tanta, que há rumores de que o próprio Elvis Presley disse que pintou o cabelo de preto ( pois era loiro) por conta de Tony, e também associado a sua mãe Gladys Presley.
Curtis e Roger Moore
 Ele também fez diversos trabalhos na televisão, o mais bem sucedido deles na série The Persuaders, com Roger Moore, bastante popular no início dos anos 70, que terminou porque Moore foi escolhido para fazer James Bond no cinema.
  Tony tornou-se pintor nos anos 80 e conseguiu grande sucesso nesta segunda atividade, que segundo ele é o seu principal interesse há anos, com seus quadros sendo vendidos por até U$50.000 e um deles exposto no Metropolitan Museum of Art de Nova York.
 Curtis lamentava nunca ter ganho um Oscar e considera que o mundo do cinema jamais reconheceu verdadeiramente seu trabalho, mas conquistou diversas honrarias e tem uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.
 Na verdade ele não precisava de nenhum prêmio pois, bastava ser Tony Curtis.



Curtis e Marilyn Monroe
CURIOSIDADES:

-Seu ator predileto era Cary Grant.

-Tony Curtis foi casado seis vezes. Em duas delas com as atrizes Janet Leigh, seu mais famoso relacionamento e com quem teve duas filhas, Kelly e a também atriz Jamie Lee Curtis; com a austríaca Christine Kaufmann, com quem também teve 2 filhas, Alexandra(1964) e Allegra(1966), nos anos 50 e 60 respectivamente; casou-se com Leslie Allen e também teve dois filhos: Nicholas(nascido em 1971, morreu em 1994 de overdose de heroína), e Benjamin(1973). Ele revelou que ja engravidou Marilyn Monroe. Um dos mais conhecidos e picantes fatos dos bastidores do cinema envolvendo Tony Curtis se deu em 1959 durante as filmagens de Quanto Mais Quente Melhor. O estilista do filme, ao comentar com Marilyn Monroe durante provas de roupas (Tony e Jack Lemmon atuam quase o tempo todo travestidos de mulher) que Tony tinha nádegas mais bonitas que ela, fez Marilyn retrucar na hora, abrindo a blusa, "é, mas ele não tem isso!", mostrando os seios. A grande tragédia de sua vida, depois da dramática infância que passou, foi a morte de seu filho Nicholas aos 23 anos, em 1994, por overdose de heroína.
-Foi casado com Jill Vandenbergh Curtis, 42 anos mais nova.
-Há rumores de que em uma época de sua vida em que a depressão batia mais forte em sua porte, já chegou a se drogar com a filha Jamie Lee Curtis, os mesmo rumores dizem que não eram tão ligados, então existe uma controversa. Como sempre só ele poderia responder por estas e outras questões.
-Seu último casamento foi com Jill Vandenberg, 42 anos mais jovem. Eles estavam casados desde 1998.
-Passou um tempinho no hospital psiquiátrico agora nos últimos anos.
Curtes e Janet Leigh
FILMOGRAFIA:

Billy Wilder Speaks (2006) (Feito para TV,Longa-metragem)
Por uma Boa Briga (1999)
Nu em Nova York (1993)
O Último Magnata (1976)
Os Intrépidos Homens e seus Calhambeques Maravilhosos (1969)
"Acorrentados"
O Bebê de Rosemary (1968)
O Homem que Odiava as Mulheres (1968)
Um Marido de Morte (1966)
A Corrida do Século (1965)
Boeing Boeing (1965)
Quando Paris Alucina (1964)
Pavilhão 7 (1963)
Taras Bulba (1962)
Pepe (1960)
Spartacus (1960)
Anáguas a Bordo (1959)
Quanto Mais Quente Melhor (1959)
Acorrentados (1958)
Baixeza (1949)
How to Smuggle a Hernia Across the Border (1949) (Curta-metragem)



"Acho que Curtis nunca diria Adeus, e sim, um ate breve!"




ULTIMO "ATÉ LOGO"



terça-feira, 28 de setembro de 2010

DICAS DE FILMES DA SEMANA

Bom, as dicas dessa semana é pra quem tem um certo preconceito
de filmes musicais. Pra quem nunca os viu, e acha que são bobos, e que não retratam bem uma história, ou pra quem já viu e não se encontrou ainda neles, vão três dicas, que podem ser encontrados na locadora mais próxima:

O Pequeno Principe (The Little Prince)EUA-1974
O adorável e delicado clássico de inocência e descobertas, do autor Antoine de Saint-Exupéry, chegou às telas pisando firme nas areias do deserto do Sahara, com olhinhos voltados, para as estrelas e espírito brilhante reavivado pelas canções de Allan Jay Lemer e Frederid Loewe (My Lady, Camelot). "A trilha de O Pequeno Príncipe é deliciosa", diz o New York Times. Deliciosa também é a história mágica de um piloto perdido no deserto (Richard Kiley) e um menino vindo de um lugar distante. Juntos, eles compartilham experiências que divertem, encantam e tocam o coração. Alguém já aprendeu algo com uma raposa (Gene Wilder)? Já cuidou de uma rosa por ser a mais especial entre as outras rosas? Já visitou um rei distante de tudo e de todos? Observou a maliciosa dança de uma serpente (Bob Fosse)? O universo, ou melhor, a vida, é um lugar encantador, ainda mais quando se convive com O Pequeno Príncipe. Vale lembrar que o filme não é apenas recomendado pra crianças, mas para uma boa reflexão.

                                                                                                                            CAMELOT-EUA-1967
                                  Na lenda do Rei Artur, a pureza e a perfeição do seu reino foi destruída por uma paixão trágica entre a Rainha Guenevere e o cavaleiro mais valente da Távola Redonda, Sir Lancelot. Em 1960 esta saga virou o musical Camelot nas mãos de Alan Jay Lerner e Frederick Loewe. Sete anos depois o sucesso teatral virou filme. Foi vencedor de 3 Oscar em 1967 e contou com brilhantes atuações de Richard Harris, Vanessa Redgrave e Franco Nero. 
 Com esse filme descobri que todos os filmes, realment tem que ser vistos, pois tinha um imenso preconceito, primeiro por se tratar de musical, e segundo como retratar uma história dramática como essa em um "simples" musical?! A interpretação de Richard Harris é de tirar o chapéu, e Franco Nero, lembra de Django, e bang bang?...verá que ele não é só isso.


OLIVER!-1968-EUA
 O órfão favorito de todos retorna nesta espetacular edição especial que vai te levar ao coração de Dickens em Londres e ao mundo musical de "Oliver!" Desde seu início sofrido, o jovem Oliver Twist (Mark Lester) percebeu que a sua missão de achar uma família e uma casa não era uma das tarefas mais fáceis. Em sua trajetória consta participação em um grupo de trombadinhas, liderados pelo sacana Fagin (Ron Moody) e o terrível vilão Bill Sikes (Oliver Reed). Mas com a ajuda do talentoso Dodger (Jack Wild) e a linda Nancy (Shani Wallis) Oliver logo encontra o caminho certo a seguir. Vencedor de 6 categorias do Oscar incluindo a de Melhor Filme, "Oliver!" é uma emocionante aventura acompanhada por músicas clássicas que consagrou este como um dos melhores musicais de todos os tempos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SERIE: BONANZA


 Como tudo Começou:
 No dia 12 de setembro de 1959, (este mês se completa exatamente 49 anos) no canal NBC da tv americana, estreava uma série que mudaria completamente o conceito das anteriores e do aspecto da televisão.
Hoss, Adam, Ben e Little Joe
 As inovações começaram pelo fato de ser o primeiro seriado de faroeste exibido a cores, ou seja, o comércio da tv colorida aumentou drasticamente. No ano se passavam diversas séries do mesmo estilo, tal como, de estilos diferentes (levando em conta que o forte da tv americana sempre foi de exibir seriados a maior parte do tempo). Mas o que impressionou os telespectadores americanos, foi a trama da história, David Dortort, o criador da série e recentemente falecido neste mês (05/09/2010), pensou em um drama familiar, um pai viuvo e três filhos de mulheres diferentes.
 Os americanos fascinados pela família tradicional, tiveram a principio um choque, pois pelo enredo comentado nas notícias, dava-se a entender que era algo completamente fora do padrão familiar, mas depois que começou a passar Bonanza na tv, se veio a grande surpresa, que foi o fato dos quatro personagens, mesmo cada um de uma mãe, e um pai viúvo formarem uma sólida e padronizada família.

 HISTORIA:

 Conta a Saga da família Cartwright, começada pelo patriarca, Ben Cartwright. que com muita luta constrói um "império" ,uma grande parte de terras situada no estado de Nevada, nada mais nada menos nomeada de Ponderosa, ou melhor o famoso "Rancho Ponderosa". Lá vivem Ben Cartwright e seus três filhos: Adam, Hoss e Little Joe. Fora as centenas de funcionários que trabalham na fazenda, mas tem um em especial que cozinha para a família que é Hop Sing.

Little Joe, Hoss, Ben e Adam
 PERSONAGENS:


 Ben Cartwright (Lorne Greene)



 Um pai, respeitado, por todos da cidade vizinha do rancho, Virginia City. Casou-se três vezes, no primeiro casamento teve Adam Cartwright. Nesta época ele passa por momentos difíceis, sua mulher morreu e levou o sonho de fazer fortuna e conseguiu. Logo após teve Eric Cartwright, com outra esposa, e por fim com outra esposa teve Joseph Cartwright. Ben é uma pessoa sábia, um grande chefe de família, que lidera os três filhos com valores. Um cavalheiro e honesto homem.Sempre com seu cavalo bege.







Adam Cartwright (Pernell Roberts)




 Como filho mais, velho, ele é o cabeça da turma, é o que esta com seus livros, e que leva mais a sério as diversas situações que eles enfrentam, fiel escudeiro do pai. E como primogênito, leva a imagem de segundo em comando, colocando seus conceitos e valores acima de tudo, Quase sempre de preto, mostrando sua autoridade. Adam seria a parte racional de Ben.








Eric Cartwright (Dan Blocker)



  Mais conhecido como Hoss (alguem alegre), é um sujeito "bonachão", gordo, engraçado, emotivo. E que se envolve pelas causas de todo mundo que aparece, tanto que muitas vezes é feito de bobo da história.
Muito sensível, e sempre com seu chapeu longo e alto na cabeça. Hoss seria a parte emocional ( o coração) de Ben.







Joseph Cartwright (Michael Landon)



 Conhecido como Little Joe, o caçula, o aventureiro, o destemido e descobridor, como uma criança na família, ele é quem agita a casa com toda sua mocidade e  irreverência, se metendo na maior com problemas relacionado as paqueras.
Sempre com seu fiel cavalo malhado. Little Joe seria a parte desbravadora de Ben.







Hop Sing
 Hop Sing (Victor Sen Yung)

  Chinês, mordomo da casa, e um cozinheiro de mão cheia, atrapalhado,
meio desligado aos problemas em sua volta, e as vezes curiosamente
apareciam seus parentes chineses, muitas vezes trazendo mais
problemas ou então, para ajudar, quando se tratava de algum
caso chinês.


 TRAMAS:

  As histórias, se passavam ou no próprio rancho, ou em Virginia City, ou então em outras regiões que os  Cartwright´s viajavam. O criador e produtor David Dortort mantinha o padrão de agregar valores morais a cada episódio, em dramas da vida, e as vezes intercalava episódios cômicos, que na maioria das vezes se passavam com Hoss. Fora os romances que se passavam em alguns episódios envolvendo os quatro protagonistas.
 Em 1965 na sexta temporada de Bonanza, o ator Pernell Roberts (Adam) deixa a série. Considerado nos bastidores da série como o "encrenqueiro de Ponderosa", ele consegue se desprender do contrato e por fim deixar a série, algo que ele já queria ter feito antes, pois sempre achava algum defeito ou no seu personagem ou nas histórias, que tomava parte. Com a saída de Adam, o trio Ben, Joe e Hoss, ficaram ainda mais unificados, e outros personagens entraram no elenco:
Ben e seu novo filho Jamie Hunter

      Candy (David Canary) Foi introduzido como capataz de Ponderosa, que permaneceu ate a décima segunda temporada. Com sua saída os Cartwright´s adotaram Jamie Hunter (Mitch Vogel), um órfão alegre e cheio de vitalidade, atraindo um público mais jovem ao seriado.


       Jamie deu uma nova cara a família, Ben fez tal como com seus
filhos biológicos, agregando valores e ensinamentos de amor, gratidão e compaixão. Como descrevi cada um de seus filhos, sendo Adam (cabeça), Hoss (Coração) e Little Joe (Juventude), seu novo filho veio como A Esperança, que nunca se apagou, mas se reacendeu com a vinda do garoto.



O FIM:

 Mesmo com a saída de Adam a audiência da série não caiu, continuou perdurando por anos, só começou a preocupar por meados da década de 70, ate que o coração que Bonanza nos deixou, Dan Blocker (Hoss) Morreu repentinamente no dia 13 de maio de 1972, vítima de insuficiência respiratória e ataque cardíaco, aos 43 anos de idade, justamente no intervalo entre as temporadas 13 e 14.
 A morte de Blocker foi como um golpe de misericórdia, parecia que algo fora retirado da alma do seriado. A audiência continuava a despencar e em janeiro de 1973, foi finalmente cancelada. Bonanza teve 14 temporadas, 431 episódios e é até hoje considerado a segunda maior série de teve no gênero faroeste, perdendo somente para o seriado Gunsmoke, com 635 episódios em 20 temporadas.

ABERTURA: 

 

Curiosidades:

-No Brasil, o seriado começou a ser apresentado em 1963, aos sábados, às 20:55 hs, na extinta TV Tupi, onde se firmou como um dos seriados de maior sucesso da época.
-Foram feitos os seguintes filmes baseados em Bonanza: Bonanza: The Next Generation (1988), Bonanza: The Return (1993) e Bonanza: Under Attack (1995). Em 2001 foi feita a prequela Ponderosa, dirigida por Kevin James Dobson e filmada na Austrália. Nenhum dos filmes tiveram a participação dos protagonistas, telefilmes considerados obsoletos.
-Victor Sen Young  morreu pobre e sozinho aos 65 anos, devido a um vazamento de gás do fogão de seu apartamento alugado.
-Aqui no Brasil foi dublado pelo estudio de grande relevância AIC/SP.
-Michael, Lorne e Dan eram grandes amigos dentro e fora da série, chegando ate a investirem em negócios juntos.   
-O Ator Pernell Roberts durante a série ja usava uma peruquinha, pois já era calvo. 
-A inesquecível música de abertura da série composta por Jay Livington e Ray Evan, fazendo assim a abertura da série, ficar na memória dos anais da tv.


LEGADO:

 A série Bonanza continua viva até hoje, cada vez mais agregando novos fãs, e atingindo ainda produtos com a sua marca, uma série como essa viverá por muitos anos, pois esta colocada na prateleira da memória cult de todos os tempos.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

JAMES DEAN

James Byron Dean

 Nasceu em 8 de fevereiro de 1931 em Indiana, filho de Wilton Dean, um protético, e de Mildred Dean, filha de fazendeiros metodistas. Aos 8 anos ele já tocava violino e fazia aulas de sapateado. Em 1940, perdeu a mãe vitima de câncer. Com a morte da mãe, foi morar com os tios Marcus e Ortence Winslow em Fairmount, Indiana. Considerado uma criança introspectiva, Jimmy, como era chamado, cresceu na fazenda de 300 acres dos tios, ali aprendeu a dirigir trator e ordenhar vacas. Aos 14 anos, já participava do teatro escolar e aos 17 anos ganhou sua primeira moto, uma Triumph, presente do tio Marcus.

VIDA:

 Em 1949, Dean foi para Los Angeles, com a intenção de estudar arte dramática e morar com o pai e a madrasta. Ganhou dele um Chevrolet de segunda mão. Abandonou a faculdade e foi para Nova York cursar o lendário Actor's Studio de Lee Strasberg. Para se manter em Nova York, trabalhou como garçom e cobrador de ônibus. Nesta mesma época conheceu Jane Deacy, que se tornou sua agente.
Dean atuando na peça "O Imoralista"(foto rara)
 Em 1952, começou a fazer pequenas pontas na TV. Em 1953, encenou na Broadway a peça de Richard Wash "See the Jaguar". A peça foi um fracasso, mas James Dean chamou a atenção da critica. Encenou a Peça "O Imoralista", baseada na obra de Andre Gide, interpretando um homossexual. Com a peça ganhou o Tony Award de melhor ator do ano.
 A peça foi vista po Elia Kazan, diretor que escalava o elenco de seu próximo filme, Vidas Amargas(1955) e que decidiu conversar com Dean, a princípio, um perfeito estranho, em seguida, um perfeito Cal, personagem que Dean encarnou com maestria e que o revelou.
 Nicholas Ray, por sua vez, achou Dean, notável em "Vidas Amargas" que iria fazer um filme sobre a rebeldia juvenil e viu em Dean a figura ideal para interpretar Jim Stark em Juventude Transviada, filme que se tornou o grande retrato do mito de James Dean, que era apaixonado pela velocidade.
"Juventude Transviada"

 Em 1954, conheceu a jovem estrela de O Cálice Sagrado, Pier Angeli, para muitos o grande amor de sua vida, mas a mãe de Pier foi contra o relacionamento, pelo fato de ele não se católico. Jimmy já era conhecido por seu temperamento difícil.
 O rompimento do namoro abalou o ator. Ao saber que a ex-namorada estava de casamento marcado com o cantor Vic Damone, apareceu na porta da Igreja Católica de São Timóteo e conseguiu chamar a atenção dos noivos, "arrancando" com a moto em alta velocidade. Só encontraria Pier quase um ano mais tarde nas filmagens de Assim caminha a Humanidade.
 O Ultimo filme de Dean fora justamente o Assim Caminha a Humanidade de 1956. Tendo sido um fenômeno pelo mundo todo, inclusive no Brasil. Por aqui as salas de cinema lotavam pra ver esse filme, e uma das razões era porque James, nunca mais seria visto atuando.

CRITICAS:
  É um tanto quanto contraditório dizer que Dean era um grande ator, prefiro dizer que é um mito. Torna mais fácil, porque a concepção de um "grande ator" seria relativa, e no caso dele, todos os filmes que ele fez, ele não atuou como tal personagem, ele não conseguia desmistificar a sua personalidade, ou seja qualquer filme que você vá ver e tem ele nos créditos ( tendo em vista que são poucos) verá James Dean.
 Nunca mais apareceu um James Dean, por essas e outras questões, pelo nome dele, ser mais importante do que seus personagens. E trazer consigo sua depressão e melancolia que atravessava seus olhos.

CURIOSIDADES:
-Seu nome foi uma homenagem da mãe ao poeta inglês Lord Byron.
- Enquanto James Dean era uma promessa, Marlon Brando já era um astro. As comparações eram inevitáveis. James Dean Conheceu Brando no set de filmagem de "Desirée", decepcionou-se com seu ídolo graças a um comentário feito por Brando sobre as roupas do jovem ator. Ele usava calças jeans surradas e camisa de botão.
-Durante as gravações de Assim caminha a Humanidade, Dean circulava com uma loura exuberante, Ursula Andress, que se tornaria a primeira Bond Girl. Ela disse que ele era "como um animal selvagem"
-Em 1982 foi lançado o filme: James Dean-O Mito Sobrevive:
Sinopse: 1975, McCarthy, uma pequena cidade do Texas. Na única loja da cidade há uma reunião de membros de um fã-clube de James Dean, que ocorria devido aos 20 anos da morte do astro. Logo chegam algumas mulheres, que carregam segredos. Através de flashbacks é mostrado como elas eram quando o ator estava vivo, ficando claro que com o passar do tempo elas perderam a inocência. Entre as mulheres que foram para a reunião está a perturbada Mona (Sandy Dennis), que foi figurante em "Assim Caminha a Humanidade" e, 9 meses depois, teve um filho que ela alega que o pai é James Dean. Também estão na reunião uma extrovertida garçonete, Sissy (Cher), e Joanne (Karen Black), uma "desconhecida". Mona sente que algo em Joanne não lhe é estranho e logo todas saberão que ela carrega um chocante segredo.
- No dia em que morreu, James Dean ainda esgotava ingressos com o seu primeiro filme. A consagração final chegou poucos dias após a sua morte, quando Juventude transviada chegou aos cinemas. Recebeu duas indicações ao Oscar, postumamente. Em 1956, por Vidas amargas (a primeira indicação póstuma na história da premiação), e em 1957, por Assim caminha a humanidade, ambas por melhor ator. Ganhou dois prêmios do Globo de Ouro, em 1956 como melhor ator e, no ano seguinte, num prêmio especial que o consagrou como ator favorito do público.
- Ficou em 33º lugar na lista das 100 maiores estrelas do cinema de todos os tempos, realizada pela revista britânica Empire.
-Elvis Presley era um grande fã de Dean, tanto que chegou a ver mais de 40 vezes sua atuação.
- Possui uma estrela na Calçada da Fama, localizada em 1719 Vine Street.

FILMOGRAFIA:
1956 - Giant (Assim caminha a humanidade), de George Stevens - como Jett Rink
1955 - East of Eden (Vidas amargas ), de Elia Kazan - como Cal Trask
1955 - Rebel Without a Cause ( Juventude transviada ), de Nicholas Ray - como Jim Stark
1953 - Trouble Along the Way (Atalhos do destino)
1952 - Has Anybody Seen My Gal? ( Sinfonia prateada)
1951 - Fixed Bayonets ( Baionetas caladas)
1951 - Sailor Beware ( O marujo foi na onda)




 Morte:
 Quando se dirigia para uma corrida, em 30 de Setembro de 1955, envolveu-se num acidente fatal, partindo imediatamente a coluna vertebral e sofrendo de hemorragias internas. Quando foi colocado na ambulância, o passageiro que estava a seu lado, o mecânico Rolf Wütherich, ouviu "um grito suave emitido por Jimmy - a lamúria de um menino chamando sua mãe ou de um homem encarando Deus."

Dean no carro do acidente
  O médico-legista observou que o corpo de James Dean era coberto de cicatrizes. Num bar de Hollywood, onde era conhecido como "Cinzeiro Humano", ele oferecia seu peito e pedia às pessoas que apagassem seus cigarros nele. 
 Hoje ele estaria com seus 79 anos, acho que ele mesmo acharia engraçado, pensar em chegar até esta idade, grisalho e cheio de rugas, que o tempo acarretam.


Este mês de setembro 
dia 30 completa 55 anos sem...


JAMES DEAN!




ABAIXO UM VIDEO EM SUA HOMENAGEM:

domingo, 19 de setembro de 2010

FILME: "E O VENTO LEVOU"


 Titulo original: "Gone with the Wind"(1939)


Sinopse:
O filme conta a saga da voluntariosa Scarlett O'Hara, filha de um imigrante irlandês que se tornou um rico fazendeiro do sul dos Estados Unidos, durante a guerra civil americana.
Scarlett começa o filme como uma jovem mimada e atrevida que vive na fazenda dos pais. Ela é apaixonada por Ashley Wilkes, filho do fazendeiro vizinho, mas este se casa com Melanie Hamilton. Para fazer ciúmes, logo em seguida Scarlett casa com Charles Hamilton, irmão de Melanie. Após os casamentos, Ashley e Charles partem para a Guerra, que havia acabado de ser declarada. Contudo, Charles morre pouco tempo depois disso. Após ficar viúva, Scarlett vai para a cidade de Atlanta para viver com Melanie e aguardar a volta de Ashley, e acaba por servir ao Sul, como enfermeira, ajudando a cuidar dos feridos da chamada guerra de sesseção. Durante esse tempo fora de casa ela começa a sentir na pele o sofrimento, fome e pobreza. Ao voltar para a fazenda dos pais, Scarlett encontra sua mãe morta, seu pai louco e toda a fortuna destruída. Diante dessa situação desesperadora ela toma as devidas providências para não deixar que tomem a sua querida "Tara".
Durante esse processo, Scarlett precisa da ajuda de Rhett diversas vezes, chegando até a se casar com ele após a perda de seu segundo marido. Porém, Scarlett nunca se deu muito bem com Rhett, casando com ele por interesse. Só no final do filme Scarlett realmente se apaixona por Rhett, contudo o desfecho é inesperado.
     
 TRAILER:


AUTORA:
E um filme clássico americano de 1939, do gênero romance, drama. Adaptado do livro de autoria de Margaret Mitchell.
   Margaret Munnerlyn Mitchell nasceu em Atlanta, 8 de Novembro de 1900.
Margaret Munnerlyn
Tudo começou com seu casamento, pelo fato de casar-se com Berrien "Red" Upshaw( contrabandista de bebidas). Eles não tinham uma boa condição financeira, fora que o marido o maltratava. Então mudaram-se a casa dos pais dela, lá pra contribuir com o rendimento ela teve que trabalhar no jornal "The Atlanta Journal Sunday Magazine", onde um ex-namorado, John R. Marsh, trabalhava como editor. O casal não ia bem, o que tornou-se inevitável a separação  em Outubro de 1924. Em 4 de julho. Em 1925, se casou novamente com seu ex namorado  John R. Marsh.

 Poucos meses após o casamento, Margaret teve de afastar-se do jornal por problemas de saúde. Foi durante esse periodo que ela começou a escrever a história que a tornaria famosa, "Gone Whit The Wind" ("E o Vento Levou"). Foi seu único livro, lançado em 1936 e logo ja virou um best-seller, premiado em 1937 com o premio Pulitzer. O Filme foi lançado em dezembro de 1939 contando com a participaçao dela na platéia. Os direitos do livro e dos filmes, o tornaram riquissima, fazendo ela dedicar-se apenas a fins filantrópicos. Morreu em 11 de agosto de 1949, ao atravessar uma rua próxima de sua residência foi atropelada por um taxi. John Marsh morreu em 1952 e foi enterrado ao lado da esposa, no cemitério Oakland em Atlanta.


 ATORES:
Vivien Leigh (Scarlett O'Hara)

 Nascida em 5 de novembro de 1913 na Índia( no tempo em que o império Britanico era dominante da região) Vinda de uma família burguesa inglesa, seu pai, Ernest Hartley, era agente de câmbio e, paralelamente, atuava no teatro amador.   No fim da primeira guerra mundial, ele levou a família de volta à Inglaterra.

VIDA:
 Aos 6 anos, sua mãe, Gertrude, decidiu interná-la no Convento do Sagrado Coração, ainda que ela fosse dois anos mais nova que qualquer outra aluna. O único conforto para a criança solitária era um gato que vagava pelo pátio do convento, e que as freiras a deixaram levar para o dormitório. Sua primeira e melhor amiga na escola era uma menina de 8 anos, que mais tarde também se tornaria estrela, Maureen O´Sullivan  Em 1932, aos 18 anos, entrou na Academia Real de Artes Dramáticas de Londres; surpreendentemente, no entanto, ela saiu no outono do mesmo ano, quando decidiu se casar. Vivian conhecera e se apaixonara pelo jovem advogado Hebert Leigh Holman, de 31 anos, e os dois se casaram em 20 de dezembro de 1932. Logo em seguida, em 1933, nasceu Suzanne Holman, a filha do casal. Depois, retornou à Academia Real de Artes Dramáticas de Londres para concluir seus estudos e se tornar uma atriz. Começou no cinema em trabalhos muitos pequenos, mas significantes, belo seu talento e bela sua exuberante beleza. Alexander Korda,  a contratou por 5 anos. Antes de filmar o primeiro filme do contrato, Viv conseguiu aparecer em mais três peças. Em 1937, Korda estava preparado para trabalhar com sua revelação no filme Fogo sobre a Inglaterra, um filme sobre a rainha Elizabeth I na época da Armada Espanhola.(  foto ao lado)
Laurence e Vivien (Fogo sobre a Inglaterra)

Viv estava entusiasmada com o filme e especialmente contente porque iria trabalhar com Laurence Olivier que ela e seu marido conheciam socialmente. Laurence Olivier e Vivien Leigh ficaram íntimos demais durante a filmagem, e restava pouca dúvida de que os dois estavam apaixonados. No mesmo ano, ao atuarem juntos na peça Hamlet, no Castelo de Elseneur, local da tragédia de Shakespeare, o sucesso foi enorme, a ponto do príncipe da Dinamarca vir vê-los. Depois disso, os jovens amantes perceberam que havia chegado a hora de falar a seus respectivos consortes do seu amor, e que queriam se divorciar para se casar. Viv deixou definitivamente seu marido e foi morar com Olivier, deixando a educação de sua filha, Suzanne, por conta de sua mãe.
Em 1938, Laurence Olivier foi contratado para interpretar Heathcliff na produção de Samuel Goldwyn O Morro dos Ventos Uivantes-1939. Ele desejava que Viv interpretasse seu par-romântico no filme, que acabou com Merle Oberon .
Mais tarde, Viv decidiu que precisava vê-lo, e partiu a bordo do Queen Mary. Dizem que, durante a viagem, ela ficava na cabine, lendo o livro E o Vento Levou, de Margaret Mitchell. Viv não só estava ansiosa para rever seu amado Olivier, mas também planejava conquistar o papel de Scarlett O'Hara, a protagonista do filme E o Vento Levou, de 1939.Centenas de mulheres fizeram testes, algumas desconhecidas e amadoras, de setembro de 1936 até dezembro de 1938, entre elas Tallulah Bankhead, Paulette Goddard, Jean Arthur, Joan Bennett, Lana Turner e Susan Hayward.

CURIOSIDADES:
Angus McBean( fotografo da época) relatou que em 1936 ele foi convidado a levar umas fotos até a casa dela em Londres. Nesse trecho, ela diz: "São maravilhosas (as fotos), Angus, querido. Como eu queria (interpretar Scarlett). Você leu o livro? 'Que livro?' E O VENTO LEVOU, claro. é a minha Bíblia. E vou interpretar Scarlett nem que seja a última coisa que eu faça. Você não leu? precisa ler." E ela lhe deu uma cópia do livro, com esta dedicatória: "Ao querido Angus, com amor. Scarlett O'Hara".
 Depois do estrondoso sucesso de E o Vento Levou, Viv protagonizou o filme A Ponte de Waterloo (1940), da MGM. No mesmo ano, ela e Laurence [Olivier] fizeram Lady Hamilton, a Divina Dama, durante essa filmagem, souberam que seus respectivos divórcios tinham saído, (mas o ex-marido de Viv ficou com a guarda da filha, Suzanne). Com isso, ela e Laurence finalmente casaram-se numa cerimônia íntima em Santa Barbara, no dia 31 de agosto de 1940.
Vivien Leigh e Laurence Olivier
  Ela e Olivier montaram em Londres The Skin Of Our Teeth, de Thornton Wilder, dirigida por Olivier e estrelada por Leigh. A peça foi um estrondoso sucesso, mas três meses após a estréia, Leigh recebeu um diagnóstico de tuberculose e foi obrigada a parar o trabalho e ficar convalescente por oito meses. A saúde de Leigh, sempre frágil, continuou ruim nos anos seguintes.
 No Cinema, ela voltou com tudo apenas no ano de 1951 que  desempenhou um magnífico papel no filme Uma Rua Chamada Pecado. Vivien Leigh e Laurence Olivier trabalharam nas peças César e Cleópatra e Antônio e Cleópatra em noites alternadas, para o Festival da Grã Bretanha de 1951. Naquela época, a vida de Vivien estava mudando. Ela, que sofria de tuberculose, também sobreu dois abortos, e foi diagnosticada como maníaco-depressiva. Contudo, o público ainda a amava. Como o ritmo alucinado de trabalho era excessivo, Viv começou a cair em longos períodos de depressão. De fato, ela teve de se afastar do trabalho durante boa parte de 1952. Sua volta ao trabalho, no filme No Caminho dos Elefantes 1953, só piorou as coisas: Viv teve um colapso no set, e precisou ser substituída por Elizabeth Taylor. Em seguida, começaram os boatos sobre a situação de seu casamento com Olivier.

DECLINIO:
 Em 1960 os boatos sobre a situação do casamento de Vivien Leigh e Laurence Olivier se confirmaram quando ele a abandonou para ficar com a comediante Joan Plowright, 22 anos mais nova do que ele. Ela pediu o divórcio por adultério, que foi concedido a 2 de dezembro de 1960. Depois disso, nunca mais se casou.Viv era portadora de uma doença que interferia negativamente na sua vida pessoal e profissional. Essa doença, denominada na época de transtorno maníaco-depressivo, hoje leva o nome de transtorno bipolar, cujo sintoma é a constante mudança do estado de humor, que varia entre um grande estado de excitação e uma prostrante depressão. Numa ocasião, quando estava a bordo de um avião em companhia do amigo David Niven, teve uma grave crise nervosa provocada pela doença e tentou jogar-se porta a fora, sendo impedida por ele.
 Vivien Leigh ensaiava A Delicate Balance, de Edward Albee, em Londres, quando teve uma recaída (causada pela tuberculose que a atormentava havia décadas) e morreu, em 7 de julho de 1967,
Liv com 45 anos


Notas:
-Era uma fumante inveterada. Durante as filmagens de ...E o Vento Levou, fumava em torno de 4 maços de cigarro por dia.
-Ela trabalhou nos sets de filmagem (em E o vento levou) por 125 dias e recebeu por isso a quantia de 25.000 dólares; já Clark Gable trabalhou por 71 dias e ganhou 120.000 dólares.
-Foi a primeira não-americana a ser agraciada com o Oscar de melhor atriz
-Por ter trabalhado duro durante E o vento levou e conseguido o papel que tanto queria e tanto lhe aclamaria, há relatos que dizem que ela derramou muitas lágrimas e teve muitas crises durante as últimas semanas de gravação do filme.
-Durante as filmagens de E o vento levou, ninguém na produção acreditava que Vivien Leigh fosse resistir ao charme de Clark Gable, intérprete de Rhett Butler. Mas, na verdade, eles não se entendiam, pois ela considerava pouco profissional que ele deixasse o estúdio sempre às seis da tarde, todos os dias. Ele, achava um abuso oferecer um papel essencialmente estadunidense a uma atriz inglesa. Leigh se entendia bem com o delicado e compreensivo diretor George Cukor. Gable preferia Victor Fleming. Leigh odiava o hálito de Gable - ele comia cebolas de propósito, poucas horas antes de gravar - e o cheiro de licor, que a deixava com náuseas. Ele revelou que, quando a beijava, pensava em bife. Na verdade, na pele de Rhett Butler ou Scarlett O'Hara ou na de Clark Gable e Vivien Leigh, eles jamais se entenderam.

Clark Gable (Rhett Butler)

 Nascido em  1 de fevereiro de 1901 em Ohio. Com alguns meses de vida, Clark perdeu sua mãe, devido à fragilidade, às condições do parto que a debilitaram, e à epilepsia; há a probabilidade de ela ter falecido de um tumor cerebral. Antes de morrer, a mãe o batizou na religião católica, mas após sua morte, o lado paterno da família não aceitou tal batismo, criando problemas com a família de Adeline, problemas esses que só foram resolvidos quando o pai o mandou para morar com o tio materno, Charles Hershelman, em Vernon, na Pensilvânia. Até os dois anos, Clark esteve sob cuidados dos tios maternos, e então seu pai o levou de volta para Hopedale, Ohio. O pai casara novamente, em abril de 1903, com a chapeleira Jannie Dunlap, mulher culta e gentil que criou Clark como se fosse seu filho.

VIDA:
 Entre 1927 e 1928, Gable atuou com a Laskin Brothers Stock Company, em Houston, onde fez diversos papéis, ganhando considerável experiência e se tornando um ídolo local. Gable, então, foi para Nova Iorque, e conseguiu trabalho na Broadway.
Em 1930, após uma impressionante atuação como Killer Mears na peça The Last Mile, bancada por sua esposa, em Los Angeles, Gable teve ótima recepção da crítica, o que lhe angariou vários testes para o cinema. Um desses testes ficou famoso, quando Darryl F. Zanuck o testou para o papel de "Little Caesar" ("Alma de Lodo"), de 1931, e o rejeitou, alegando: "Não serve pra o Cinema. As orelhas são grandes e se parece com um macaco. A agente Minna Wallis, irmã de Hal Wallis, viu o teste e ficou impressionada, levando-o para a Pathé, onde seu primeiro papel em um filme sonoro foi o de vilão no western de William Boyd denominado The Painted Desert ("O Deserto Pintado"), em 1931. Ele recebeu, na época, diversas cartas de fãs, como resultado de sua voz e atuação.
 Em 1933, devido às suas insubordinações e tentativas de escolher papéis, Gable foi cedido, como "castigo", para a então modesta Columbia, para o papel do repórter Peter Wayne no premiado "Aconteceu Naquela Noite", fez vários filmes de sucesso...até fazer o papel de Rhett Butler em "Gone With the Wind" ("… E o Vento Levou"), em 1939, Gable ficou mais conhecido por esse papel, valendo-lhe nova indicação ao Oscar. Em "E O Vento Levou", Gable era cogitado para o papel de Rhet Butler, não apenas pela opinião do público, que o escolhera por votação em um concurso da revista Photoplay para o papel, mas também pelo produtor David O. Selznick, que tivera sua primeira negociação com Errol Flynn  embargada pela Warner Brothers, que não queria ceder Flynn sem Bette Davis (sendo que Davis recusara trabalhar com Flynn).A negociação de Gable, porém, era difícil, por ser contratado da MGM, pertencente ao sogro de Selznick, Louis B. Mayer, com o qual Selznick tinha problemas por ter saído da MGM e se filiado à United Artistas, formando a Selznick International. A MGM acabou aceitando ceder Gable, em troca da distribuição mundial do filme.Para ter Gable no filme, Selznick teria pago à MGM cerca de 40 milhões de dólares.
"E O Vento Levou"
Gable, na verdade, nunca pretendeu fazer o papel de Butler, e levou muito tempo para ler "Gone With the Wind", lendo-o mais por insistência de Carole Lombard e dos amigos. No entanto, para o universo popular, Gable é mais conhecido, até os dias atuais, pelo seu papel em "Gone the Wind".

 Casou-se em 1924 com Josephine Dillon 14 anos mais velha que ele, e separou em 1930. Em viagem a Houston, conheceu uma rica socialite do Texas, 17 anos mais velha do que ele, Rhea Franklin Prentiss Lucas Langham, que se tornou sua companhia constante, ensinando-o a se vestir como um nova-iorquino, com chapéu-coco, polainas e bengala. Eles viriam a se casar em poucos dias, em 30 de março de 1930, mas em junho de 1931 casaram-se novamente, na Califórnia, provavelmente devido às dúvidas pela diferença de leis entre os estados.Acabou se divorciando de Rhea em 1939. Menos de um mês após o divórcio de Rhea, Gable casou-se com Carole Lombard, em 29 de março de 1939, em Kingman, no Arizona. Era no período da Segunda Guerra Mundial, e Gable foi nomeado pelo Presidente Franklin Delano Roosevelt como Presidente do Comitê de Hollywood para a Vitória, e Carole foi incluída na primeira viagem pelo esforço de guerra, com a finalidade de vender Bônus de Guerra. Em janeiro de 1942, o avião em que Carole e sua mãe estavam caiu, a cinquenta quilômetros a sudoeste de Las Vegas, Nevada, matando as duas. Gable sentiu para sempre a perda de Lombard. Após a morte dela, ele se casou mais vezes, e teve diversos casos, dentre eles com a atris Joan Crawford . Dentre os relacionamentos teve uma filha Judw Lewis em 1935 com a atriz Loretta Young .
 Em julho de 1955, casou-se com um antigo amor, Kathleen Williams Spreckles, 15 anos mais nova, tornando-se padrasto de seus dois filhos, Joan e Adolph Spreckels III.viveu com Kathleen até o fim de sua vida.Em 1960, sua esposa descobriu que estava esperando o primeiro filho do casal. Mas Gable não viveria para ver o nascimento da criança, John Clark Gable, em 20 de março de 1961.

Ultima das fotos de Gable
Morte:
 Em 16 de novembro de 1960, ao concluir as filmagens de "Os Desajustados", Gable sofreu um infarto do miocárdio e morreu dez dias depois. Foi enterrado no mesmo santuário que havia construído para Carole Lombard (o grande amor de sua vida) e sua mãe, no The Great Mausoleum, em Forest Lawn Memorial Park, Glendale, Califórnia.



Hattie McDaniel (Mammy)

 Nascida em 10 de junho de 1895, no Kansas.
Seus pais eram o pastor batista Henry McDaniel e a cantora gospel Susan Holbert. Sua avó paterna tinha sido uma escrava num grande latifúndio da Virgínia, e seu pai nasceu sob a condição de escravo. Henry McDaniel serviu como soldado no Exército da União durante a Guerra Civil Americana. Hattie era a mais nova de treze irmãos. Sua família viveu brevemente em Fort Collins, no Colorado, na Rua Cherry número 317 (numa casa que existe até hoje), e Hattie estudou na Escola Franklin.
 McDaniel foi uma das primeiras mulheres afro-americanas a cantar no rádio. Em 1925, McDaniel começou a cantar na KOA, uma estação de rádio em Denver. Seu trabalho como cantora de rádio levou-a a gravar várias canções, das quais a maioria ela mesma tinha escrito.


VIDA:
 No início da década de 1930, conseguiu vários papéis em diversos filmes, no entanto, seu nome não aparecia nos créditos da maioria deles. No curso de sua carreira, McDaniel apareceu em mais de 300 filmes, tendo seu nome aparecido nos créditos de apenas 80 deles. Por causa dos preconceitos daquela época contra atrizes afro-americanas, ela passou muito dos vinte anos de sua carreira interpretando empregadas.   Certa vez ela disse: "Por que devo reclamar enquanto ganho 700 doláres por semana sendo uma empregada nas telas? Se não fosse uma nas telas, ganharia sete dólares por semana sendo uma de verdade."
 O filme de 1934 Judge Priest, dirigido por John Ford e estrelado por Will Rogers, foi o primeiro filme (e um dos únicos) no qual ela interpretaria o papel da personagem principal. McDaniels e Rogers se tornaram ótimos amigos durante as filmagens, e ele diria que o motivo do filme ter feito sucesso foi ela. Pela metade da década de 1930, McDaniel se tornara amiga de várias celebridades de Hollywood, incluindo Joan Crawford, Bette Davis, Shirley Temple, Henry Fonda, Ronald Reagan, Olivia de Havilland e Clark Gable. Com os dois últimos ela faria …E o Vento Levou. Foi por volta daquele tempo que ela começou a ser criticada por membros da comunidade negra pelos papéis que escolhia. The Little Colonel de 1935 mostrava serventes negros tentando retornar ao Sul dos Estados Unidos. Ironicamente, seu papel em Alice Adams de 1935 foi o que enfureceu as audiências brancas sulistas. Esse foi o tipo de papel pelo qual ela se tornaria conhecida, a atrevida e desbocada empregada doméstica. Foi por um papel do tipo, o de Mammy em … E o Vento Levou (1939), que ela recebeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante, em 29 de fevereiro de 1940, tornando-se na primeira negra a receber tal honra. Também foi a primeira negra a ir à cerimônia de entrega dos prêmios Oscar como convidada. Quando foi se aproximando a data de estréia de …E o Vento Levou em Atlanta, ela avisou ao diretor do filme, Victor Fleming, que estava doente e não poderia ir; na verdade, ela não foi pois estava com medo do que poderia acontecer devido a recente ascensão da Ku Klux Klan no Sul. Quando Clark Gable descobriu que McDaniel não iria por causa de questões raciais, ele ameaçou boicotar a estréia do filme; ele mais tarde rendeu-se a ir após McDaniel convencê-lo.

Scarlett O'Hara e Mammy
CURIOSIDADES:
 A competição para o papel de Mammy foi quase tão acirrado quanto o de Scarlett O'Hara. Eleanor Roosevelt escreveu para o produtor do filme, David O. Selznick, para pedir-lhe que o papel fosse dado à sua própria empregada. McDaniel não achou que o papel iria ser dado a ela, pois era mais conhecida como atriz cômica. Clark Gable queria que o papel fosse dado para ela, e quando Hattie foi fazer o teste vestida num uniforme de empregada, Selznick percebeu que tinha achado sua Mammy.
 McDaniel faleceu aos cinquenta e sete anos de idade, no hospital da Casa para os Artistas de Cinema e Televisão, em Woodland Hills; sua herança somava um pouco menos que dez mil dólares. Vários fãs apareceram no local para relembrarem a vida e as conquistas da atriz. O desejo de Hattie era ser enterrada no Cemitério de Hollywood, juntamente com alguns de seus parceiros do cinema, mas o dono, Jules 'Jack' Roth, se recusou a permitir que uma negra fosse enterrada em seu cemitério. Então, Hattie veio a ser enterrada no Cemitério Angelus Rosedale, em Los Angeles.



Vivien Leigh recebendo o Oscar
PREMIOS:
 É o segundo filme com o maior número de indicações ao Oscar, ficando atrás apenas dos empatados A malvada, de 1950, e Titanic, de 1997, que foram indicados a 14 Oscar´s. …E o vento levou, que teve 13 indicações ao Oscar, conseguiu vencer oito e, fora das indicações tradicionais, conquistou outros dois especiais (um honorário e outro técnico), fato que o fez tornar-se o ganhador de dez estatuetas, sendo superado apenas por Ben-Hur, de 1959, que conquistou onze estatuetas.

Oscar´s:
01-Melhor filme
02-Melhor diretor Victor Fleming
03-Melhor atriz Vivien Leigh
04-Melhor atriz coadjuvante Hattie McDaniel
05-Melhor roteiro adaptado Sidney Howard
06-Melhor direção de arte Lyle R. Wheeler
07-Melhor fotografia Ernest Haller e Ray Rennahan
08-Melhor montagem Hal C. Kern

Premios speciais:
Oscar científico ou técnico R.D. Musgrave, pelo pioneirismo na utilização de equipamentos coordenados na    produção do filme
Oscar honorário  William Cameron Menzies, pelo excelente desempenho no uso de cores para a valorização do humor dramático na produção do filme

CRITICAS:
  O filme gira em torno de diversos aspectos, tal como a visão de cada personagem em si, como também a situação de guerra em que se encontrava. Mais que isso o filme tem suas características para ser considerado uma obra de arte, começando pelos cenários, da primeira cena ate a ultima você se pergunta como foi possível manter tão a risca a riqueza de imagens, tendo em vista que o filme tem 241 min.
  Difícil classificar o filme apenas com uma sinopse, pois ele segue uma base. Mas dentro dessa base diversas histórias, e personagens impactantes. Ao final do filme, a personagem Scarlett O'Hara é a que vai se resumir em todo o contexto da obra, isso porque muitas pessoas depois de verem o filme se esquecem da importância dos outros personagens, não que Scarlett não seja importante, alias ela é o ponto alto do filme ( vou falar da personagem em seguida ), mas os dramas e alegrias em que os que atuam vivem também são de grande relevância.


 Linda, Meiga, Brava, Verdadeira, Mentirosa, Rica, Pobre, Fria, Amorosa, Tímida, Falante, Falsa, Amargurada, Feliz, Insistente, Teimosa, Elegante, Deselegante, Sozinha, Depressiva, Esperançosa e mais N fatos tornam uma das, ou a personagem mais intrigante e famosa da história do Cinema, esta é  Scarlett O'Hara




 A trilha sonora dispensa qualquer comentário, ela é contemporanea e marcante na vida de qualquer pessoa que tenha visto E O Vento Levou. Acho culminante a importancia que dão a terra, tanto o pai de O'Hara, quanto ela, é algo que se sobrepõe a questão da conquista e nos mostra como é difícil manter algo conquistado e como nosso posicionamento chega a tal ponto que reivindicamos da vida própria para viver apenas pela suprema condição nos dada psicologicamente e enfatizada acima de qualquer sentimento que possa ocorrer.


Trilha Sonora: 

Max Steiner
Max Steiner (1888 – 1971)
 
 Um dos maiores compositores de trilhas sonoras de todos os tempos, Max Steiner nasceu em Viena, Áustria, no dia 10 de Maio de 1888. Filho e neto de empresários do entretenimento, ele herdou o nome Maximilian do avô, dono do Teatro de Viena, onde foram apresentadas operetas clássicas de Johann Strauss Jr. e Franz Lehár.   
 Uma criança prodigiosa, Steiner completou o curso de quatro anos da Imperial Academy of Music em apenas um. Além disso, aos 16 anos de idade, escreveu trilha (música e letra) e libretto de The Beautiful Greek Girl, opereta apresentada durante um ano na capital austríaca. Curiosamente, The Beautiful Greek Girl e The Crystal Cup, outra opereta, foram dois raros trabalhos de Steiner como compositor antes de chegar à Hollywood.


INESQUECÍVEL!

"Dias e mais dias podem se passar, manhãs após manhãs para se pensar(Scarlett),
                                                Mas nunca o vento Levou este Filme e tão pouco Levará"


DICAS DE FILMES DA SEMANA

Bom nessa semana, vou indicar três filmes recentes, 
que abordam tramas psicológicas..

A Estrada (The Road)-2009

 Um filme que vale a pena assistir, conta a história de um Pai que é
incumbido de cuidar de seu filho em um planeta completamente destruido fisicamente e psicológicamente.
 O drama que os dois passam pelo filme, não é apenas de uma visão futurista e sim do cotidiano de cada um. É como se o planeta fosse cada um de nós e os acontecimentos fossem nossos sofrimentos.
 Vale salientar a interpretação magnifica do ator Robert Duvall, que mais uma vez mostra que é ótimo e não é apenas sempre um "policial".
Baseado no romance homônimo de Cormac McCarthy.
                                                                


Janela Secreta (Secret Window)-2004 EUA

                                                 Um filme interessante, embora eu não gosto muito do Jhonny Depp, nesse filme ele faz um papel muito bom de um escritor em crise psicológica, quem tenta descobrir quem esta por trás de alguns plagios.
                                   Filme Baseado no livro de Stephen King.





O Amigo Oculto (Hide and Seek)-2005 EUA

  David Callaway (Robert De Niro) é um homem que enviuvou recentemente, vivendo agora apenas com sua filha Emily (Dakota Fanning), de 9 anos. Emily cria um amigo imaginário chamado Charlie, com quem costuma brincar de esconde-esconde. Só que aos poucos Charlie se revela como alguém malvado e vingativo, o que ameaça a própria família Callaway.
  O final faz valer rever o filme, e auto descobrir o andamento psicológico do personagem.