domingo, 19 de setembro de 2010

FILME: "E O VENTO LEVOU"


 Titulo original: "Gone with the Wind"(1939)


Sinopse:
O filme conta a saga da voluntariosa Scarlett O'Hara, filha de um imigrante irlandês que se tornou um rico fazendeiro do sul dos Estados Unidos, durante a guerra civil americana.
Scarlett começa o filme como uma jovem mimada e atrevida que vive na fazenda dos pais. Ela é apaixonada por Ashley Wilkes, filho do fazendeiro vizinho, mas este se casa com Melanie Hamilton. Para fazer ciúmes, logo em seguida Scarlett casa com Charles Hamilton, irmão de Melanie. Após os casamentos, Ashley e Charles partem para a Guerra, que havia acabado de ser declarada. Contudo, Charles morre pouco tempo depois disso. Após ficar viúva, Scarlett vai para a cidade de Atlanta para viver com Melanie e aguardar a volta de Ashley, e acaba por servir ao Sul, como enfermeira, ajudando a cuidar dos feridos da chamada guerra de sesseção. Durante esse tempo fora de casa ela começa a sentir na pele o sofrimento, fome e pobreza. Ao voltar para a fazenda dos pais, Scarlett encontra sua mãe morta, seu pai louco e toda a fortuna destruída. Diante dessa situação desesperadora ela toma as devidas providências para não deixar que tomem a sua querida "Tara".
Durante esse processo, Scarlett precisa da ajuda de Rhett diversas vezes, chegando até a se casar com ele após a perda de seu segundo marido. Porém, Scarlett nunca se deu muito bem com Rhett, casando com ele por interesse. Só no final do filme Scarlett realmente se apaixona por Rhett, contudo o desfecho é inesperado.
     
 TRAILER:


AUTORA:
E um filme clássico americano de 1939, do gênero romance, drama. Adaptado do livro de autoria de Margaret Mitchell.
   Margaret Munnerlyn Mitchell nasceu em Atlanta, 8 de Novembro de 1900.
Margaret Munnerlyn
Tudo começou com seu casamento, pelo fato de casar-se com Berrien "Red" Upshaw( contrabandista de bebidas). Eles não tinham uma boa condição financeira, fora que o marido o maltratava. Então mudaram-se a casa dos pais dela, lá pra contribuir com o rendimento ela teve que trabalhar no jornal "The Atlanta Journal Sunday Magazine", onde um ex-namorado, John R. Marsh, trabalhava como editor. O casal não ia bem, o que tornou-se inevitável a separação  em Outubro de 1924. Em 4 de julho. Em 1925, se casou novamente com seu ex namorado  John R. Marsh.

 Poucos meses após o casamento, Margaret teve de afastar-se do jornal por problemas de saúde. Foi durante esse periodo que ela começou a escrever a história que a tornaria famosa, "Gone Whit The Wind" ("E o Vento Levou"). Foi seu único livro, lançado em 1936 e logo ja virou um best-seller, premiado em 1937 com o premio Pulitzer. O Filme foi lançado em dezembro de 1939 contando com a participaçao dela na platéia. Os direitos do livro e dos filmes, o tornaram riquissima, fazendo ela dedicar-se apenas a fins filantrópicos. Morreu em 11 de agosto de 1949, ao atravessar uma rua próxima de sua residência foi atropelada por um taxi. John Marsh morreu em 1952 e foi enterrado ao lado da esposa, no cemitério Oakland em Atlanta.


 ATORES:
Vivien Leigh (Scarlett O'Hara)

 Nascida em 5 de novembro de 1913 na Índia( no tempo em que o império Britanico era dominante da região) Vinda de uma família burguesa inglesa, seu pai, Ernest Hartley, era agente de câmbio e, paralelamente, atuava no teatro amador.   No fim da primeira guerra mundial, ele levou a família de volta à Inglaterra.

VIDA:
 Aos 6 anos, sua mãe, Gertrude, decidiu interná-la no Convento do Sagrado Coração, ainda que ela fosse dois anos mais nova que qualquer outra aluna. O único conforto para a criança solitária era um gato que vagava pelo pátio do convento, e que as freiras a deixaram levar para o dormitório. Sua primeira e melhor amiga na escola era uma menina de 8 anos, que mais tarde também se tornaria estrela, Maureen O´Sullivan  Em 1932, aos 18 anos, entrou na Academia Real de Artes Dramáticas de Londres; surpreendentemente, no entanto, ela saiu no outono do mesmo ano, quando decidiu se casar. Vivian conhecera e se apaixonara pelo jovem advogado Hebert Leigh Holman, de 31 anos, e os dois se casaram em 20 de dezembro de 1932. Logo em seguida, em 1933, nasceu Suzanne Holman, a filha do casal. Depois, retornou à Academia Real de Artes Dramáticas de Londres para concluir seus estudos e se tornar uma atriz. Começou no cinema em trabalhos muitos pequenos, mas significantes, belo seu talento e bela sua exuberante beleza. Alexander Korda,  a contratou por 5 anos. Antes de filmar o primeiro filme do contrato, Viv conseguiu aparecer em mais três peças. Em 1937, Korda estava preparado para trabalhar com sua revelação no filme Fogo sobre a Inglaterra, um filme sobre a rainha Elizabeth I na época da Armada Espanhola.(  foto ao lado)
Laurence e Vivien (Fogo sobre a Inglaterra)

Viv estava entusiasmada com o filme e especialmente contente porque iria trabalhar com Laurence Olivier que ela e seu marido conheciam socialmente. Laurence Olivier e Vivien Leigh ficaram íntimos demais durante a filmagem, e restava pouca dúvida de que os dois estavam apaixonados. No mesmo ano, ao atuarem juntos na peça Hamlet, no Castelo de Elseneur, local da tragédia de Shakespeare, o sucesso foi enorme, a ponto do príncipe da Dinamarca vir vê-los. Depois disso, os jovens amantes perceberam que havia chegado a hora de falar a seus respectivos consortes do seu amor, e que queriam se divorciar para se casar. Viv deixou definitivamente seu marido e foi morar com Olivier, deixando a educação de sua filha, Suzanne, por conta de sua mãe.
Em 1938, Laurence Olivier foi contratado para interpretar Heathcliff na produção de Samuel Goldwyn O Morro dos Ventos Uivantes-1939. Ele desejava que Viv interpretasse seu par-romântico no filme, que acabou com Merle Oberon .
Mais tarde, Viv decidiu que precisava vê-lo, e partiu a bordo do Queen Mary. Dizem que, durante a viagem, ela ficava na cabine, lendo o livro E o Vento Levou, de Margaret Mitchell. Viv não só estava ansiosa para rever seu amado Olivier, mas também planejava conquistar o papel de Scarlett O'Hara, a protagonista do filme E o Vento Levou, de 1939.Centenas de mulheres fizeram testes, algumas desconhecidas e amadoras, de setembro de 1936 até dezembro de 1938, entre elas Tallulah Bankhead, Paulette Goddard, Jean Arthur, Joan Bennett, Lana Turner e Susan Hayward.

CURIOSIDADES:
Angus McBean( fotografo da época) relatou que em 1936 ele foi convidado a levar umas fotos até a casa dela em Londres. Nesse trecho, ela diz: "São maravilhosas (as fotos), Angus, querido. Como eu queria (interpretar Scarlett). Você leu o livro? 'Que livro?' E O VENTO LEVOU, claro. é a minha Bíblia. E vou interpretar Scarlett nem que seja a última coisa que eu faça. Você não leu? precisa ler." E ela lhe deu uma cópia do livro, com esta dedicatória: "Ao querido Angus, com amor. Scarlett O'Hara".
 Depois do estrondoso sucesso de E o Vento Levou, Viv protagonizou o filme A Ponte de Waterloo (1940), da MGM. No mesmo ano, ela e Laurence [Olivier] fizeram Lady Hamilton, a Divina Dama, durante essa filmagem, souberam que seus respectivos divórcios tinham saído, (mas o ex-marido de Viv ficou com a guarda da filha, Suzanne). Com isso, ela e Laurence finalmente casaram-se numa cerimônia íntima em Santa Barbara, no dia 31 de agosto de 1940.
Vivien Leigh e Laurence Olivier
  Ela e Olivier montaram em Londres The Skin Of Our Teeth, de Thornton Wilder, dirigida por Olivier e estrelada por Leigh. A peça foi um estrondoso sucesso, mas três meses após a estréia, Leigh recebeu um diagnóstico de tuberculose e foi obrigada a parar o trabalho e ficar convalescente por oito meses. A saúde de Leigh, sempre frágil, continuou ruim nos anos seguintes.
 No Cinema, ela voltou com tudo apenas no ano de 1951 que  desempenhou um magnífico papel no filme Uma Rua Chamada Pecado. Vivien Leigh e Laurence Olivier trabalharam nas peças César e Cleópatra e Antônio e Cleópatra em noites alternadas, para o Festival da Grã Bretanha de 1951. Naquela época, a vida de Vivien estava mudando. Ela, que sofria de tuberculose, também sobreu dois abortos, e foi diagnosticada como maníaco-depressiva. Contudo, o público ainda a amava. Como o ritmo alucinado de trabalho era excessivo, Viv começou a cair em longos períodos de depressão. De fato, ela teve de se afastar do trabalho durante boa parte de 1952. Sua volta ao trabalho, no filme No Caminho dos Elefantes 1953, só piorou as coisas: Viv teve um colapso no set, e precisou ser substituída por Elizabeth Taylor. Em seguida, começaram os boatos sobre a situação de seu casamento com Olivier.

DECLINIO:
 Em 1960 os boatos sobre a situação do casamento de Vivien Leigh e Laurence Olivier se confirmaram quando ele a abandonou para ficar com a comediante Joan Plowright, 22 anos mais nova do que ele. Ela pediu o divórcio por adultério, que foi concedido a 2 de dezembro de 1960. Depois disso, nunca mais se casou.Viv era portadora de uma doença que interferia negativamente na sua vida pessoal e profissional. Essa doença, denominada na época de transtorno maníaco-depressivo, hoje leva o nome de transtorno bipolar, cujo sintoma é a constante mudança do estado de humor, que varia entre um grande estado de excitação e uma prostrante depressão. Numa ocasião, quando estava a bordo de um avião em companhia do amigo David Niven, teve uma grave crise nervosa provocada pela doença e tentou jogar-se porta a fora, sendo impedida por ele.
 Vivien Leigh ensaiava A Delicate Balance, de Edward Albee, em Londres, quando teve uma recaída (causada pela tuberculose que a atormentava havia décadas) e morreu, em 7 de julho de 1967,
Liv com 45 anos


Notas:
-Era uma fumante inveterada. Durante as filmagens de ...E o Vento Levou, fumava em torno de 4 maços de cigarro por dia.
-Ela trabalhou nos sets de filmagem (em E o vento levou) por 125 dias e recebeu por isso a quantia de 25.000 dólares; já Clark Gable trabalhou por 71 dias e ganhou 120.000 dólares.
-Foi a primeira não-americana a ser agraciada com o Oscar de melhor atriz
-Por ter trabalhado duro durante E o vento levou e conseguido o papel que tanto queria e tanto lhe aclamaria, há relatos que dizem que ela derramou muitas lágrimas e teve muitas crises durante as últimas semanas de gravação do filme.
-Durante as filmagens de E o vento levou, ninguém na produção acreditava que Vivien Leigh fosse resistir ao charme de Clark Gable, intérprete de Rhett Butler. Mas, na verdade, eles não se entendiam, pois ela considerava pouco profissional que ele deixasse o estúdio sempre às seis da tarde, todos os dias. Ele, achava um abuso oferecer um papel essencialmente estadunidense a uma atriz inglesa. Leigh se entendia bem com o delicado e compreensivo diretor George Cukor. Gable preferia Victor Fleming. Leigh odiava o hálito de Gable - ele comia cebolas de propósito, poucas horas antes de gravar - e o cheiro de licor, que a deixava com náuseas. Ele revelou que, quando a beijava, pensava em bife. Na verdade, na pele de Rhett Butler ou Scarlett O'Hara ou na de Clark Gable e Vivien Leigh, eles jamais se entenderam.

Clark Gable (Rhett Butler)

 Nascido em  1 de fevereiro de 1901 em Ohio. Com alguns meses de vida, Clark perdeu sua mãe, devido à fragilidade, às condições do parto que a debilitaram, e à epilepsia; há a probabilidade de ela ter falecido de um tumor cerebral. Antes de morrer, a mãe o batizou na religião católica, mas após sua morte, o lado paterno da família não aceitou tal batismo, criando problemas com a família de Adeline, problemas esses que só foram resolvidos quando o pai o mandou para morar com o tio materno, Charles Hershelman, em Vernon, na Pensilvânia. Até os dois anos, Clark esteve sob cuidados dos tios maternos, e então seu pai o levou de volta para Hopedale, Ohio. O pai casara novamente, em abril de 1903, com a chapeleira Jannie Dunlap, mulher culta e gentil que criou Clark como se fosse seu filho.

VIDA:
 Entre 1927 e 1928, Gable atuou com a Laskin Brothers Stock Company, em Houston, onde fez diversos papéis, ganhando considerável experiência e se tornando um ídolo local. Gable, então, foi para Nova Iorque, e conseguiu trabalho na Broadway.
Em 1930, após uma impressionante atuação como Killer Mears na peça The Last Mile, bancada por sua esposa, em Los Angeles, Gable teve ótima recepção da crítica, o que lhe angariou vários testes para o cinema. Um desses testes ficou famoso, quando Darryl F. Zanuck o testou para o papel de "Little Caesar" ("Alma de Lodo"), de 1931, e o rejeitou, alegando: "Não serve pra o Cinema. As orelhas são grandes e se parece com um macaco. A agente Minna Wallis, irmã de Hal Wallis, viu o teste e ficou impressionada, levando-o para a Pathé, onde seu primeiro papel em um filme sonoro foi o de vilão no western de William Boyd denominado The Painted Desert ("O Deserto Pintado"), em 1931. Ele recebeu, na época, diversas cartas de fãs, como resultado de sua voz e atuação.
 Em 1933, devido às suas insubordinações e tentativas de escolher papéis, Gable foi cedido, como "castigo", para a então modesta Columbia, para o papel do repórter Peter Wayne no premiado "Aconteceu Naquela Noite", fez vários filmes de sucesso...até fazer o papel de Rhett Butler em "Gone With the Wind" ("… E o Vento Levou"), em 1939, Gable ficou mais conhecido por esse papel, valendo-lhe nova indicação ao Oscar. Em "E O Vento Levou", Gable era cogitado para o papel de Rhet Butler, não apenas pela opinião do público, que o escolhera por votação em um concurso da revista Photoplay para o papel, mas também pelo produtor David O. Selznick, que tivera sua primeira negociação com Errol Flynn  embargada pela Warner Brothers, que não queria ceder Flynn sem Bette Davis (sendo que Davis recusara trabalhar com Flynn).A negociação de Gable, porém, era difícil, por ser contratado da MGM, pertencente ao sogro de Selznick, Louis B. Mayer, com o qual Selznick tinha problemas por ter saído da MGM e se filiado à United Artistas, formando a Selznick International. A MGM acabou aceitando ceder Gable, em troca da distribuição mundial do filme.Para ter Gable no filme, Selznick teria pago à MGM cerca de 40 milhões de dólares.
"E O Vento Levou"
Gable, na verdade, nunca pretendeu fazer o papel de Butler, e levou muito tempo para ler "Gone With the Wind", lendo-o mais por insistência de Carole Lombard e dos amigos. No entanto, para o universo popular, Gable é mais conhecido, até os dias atuais, pelo seu papel em "Gone the Wind".

 Casou-se em 1924 com Josephine Dillon 14 anos mais velha que ele, e separou em 1930. Em viagem a Houston, conheceu uma rica socialite do Texas, 17 anos mais velha do que ele, Rhea Franklin Prentiss Lucas Langham, que se tornou sua companhia constante, ensinando-o a se vestir como um nova-iorquino, com chapéu-coco, polainas e bengala. Eles viriam a se casar em poucos dias, em 30 de março de 1930, mas em junho de 1931 casaram-se novamente, na Califórnia, provavelmente devido às dúvidas pela diferença de leis entre os estados.Acabou se divorciando de Rhea em 1939. Menos de um mês após o divórcio de Rhea, Gable casou-se com Carole Lombard, em 29 de março de 1939, em Kingman, no Arizona. Era no período da Segunda Guerra Mundial, e Gable foi nomeado pelo Presidente Franklin Delano Roosevelt como Presidente do Comitê de Hollywood para a Vitória, e Carole foi incluída na primeira viagem pelo esforço de guerra, com a finalidade de vender Bônus de Guerra. Em janeiro de 1942, o avião em que Carole e sua mãe estavam caiu, a cinquenta quilômetros a sudoeste de Las Vegas, Nevada, matando as duas. Gable sentiu para sempre a perda de Lombard. Após a morte dela, ele se casou mais vezes, e teve diversos casos, dentre eles com a atris Joan Crawford . Dentre os relacionamentos teve uma filha Judw Lewis em 1935 com a atriz Loretta Young .
 Em julho de 1955, casou-se com um antigo amor, Kathleen Williams Spreckles, 15 anos mais nova, tornando-se padrasto de seus dois filhos, Joan e Adolph Spreckels III.viveu com Kathleen até o fim de sua vida.Em 1960, sua esposa descobriu que estava esperando o primeiro filho do casal. Mas Gable não viveria para ver o nascimento da criança, John Clark Gable, em 20 de março de 1961.

Ultima das fotos de Gable
Morte:
 Em 16 de novembro de 1960, ao concluir as filmagens de "Os Desajustados", Gable sofreu um infarto do miocárdio e morreu dez dias depois. Foi enterrado no mesmo santuário que havia construído para Carole Lombard (o grande amor de sua vida) e sua mãe, no The Great Mausoleum, em Forest Lawn Memorial Park, Glendale, Califórnia.



Hattie McDaniel (Mammy)

 Nascida em 10 de junho de 1895, no Kansas.
Seus pais eram o pastor batista Henry McDaniel e a cantora gospel Susan Holbert. Sua avó paterna tinha sido uma escrava num grande latifúndio da Virgínia, e seu pai nasceu sob a condição de escravo. Henry McDaniel serviu como soldado no Exército da União durante a Guerra Civil Americana. Hattie era a mais nova de treze irmãos. Sua família viveu brevemente em Fort Collins, no Colorado, na Rua Cherry número 317 (numa casa que existe até hoje), e Hattie estudou na Escola Franklin.
 McDaniel foi uma das primeiras mulheres afro-americanas a cantar no rádio. Em 1925, McDaniel começou a cantar na KOA, uma estação de rádio em Denver. Seu trabalho como cantora de rádio levou-a a gravar várias canções, das quais a maioria ela mesma tinha escrito.


VIDA:
 No início da década de 1930, conseguiu vários papéis em diversos filmes, no entanto, seu nome não aparecia nos créditos da maioria deles. No curso de sua carreira, McDaniel apareceu em mais de 300 filmes, tendo seu nome aparecido nos créditos de apenas 80 deles. Por causa dos preconceitos daquela época contra atrizes afro-americanas, ela passou muito dos vinte anos de sua carreira interpretando empregadas.   Certa vez ela disse: "Por que devo reclamar enquanto ganho 700 doláres por semana sendo uma empregada nas telas? Se não fosse uma nas telas, ganharia sete dólares por semana sendo uma de verdade."
 O filme de 1934 Judge Priest, dirigido por John Ford e estrelado por Will Rogers, foi o primeiro filme (e um dos únicos) no qual ela interpretaria o papel da personagem principal. McDaniels e Rogers se tornaram ótimos amigos durante as filmagens, e ele diria que o motivo do filme ter feito sucesso foi ela. Pela metade da década de 1930, McDaniel se tornara amiga de várias celebridades de Hollywood, incluindo Joan Crawford, Bette Davis, Shirley Temple, Henry Fonda, Ronald Reagan, Olivia de Havilland e Clark Gable. Com os dois últimos ela faria …E o Vento Levou. Foi por volta daquele tempo que ela começou a ser criticada por membros da comunidade negra pelos papéis que escolhia. The Little Colonel de 1935 mostrava serventes negros tentando retornar ao Sul dos Estados Unidos. Ironicamente, seu papel em Alice Adams de 1935 foi o que enfureceu as audiências brancas sulistas. Esse foi o tipo de papel pelo qual ela se tornaria conhecida, a atrevida e desbocada empregada doméstica. Foi por um papel do tipo, o de Mammy em … E o Vento Levou (1939), que ela recebeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante, em 29 de fevereiro de 1940, tornando-se na primeira negra a receber tal honra. Também foi a primeira negra a ir à cerimônia de entrega dos prêmios Oscar como convidada. Quando foi se aproximando a data de estréia de …E o Vento Levou em Atlanta, ela avisou ao diretor do filme, Victor Fleming, que estava doente e não poderia ir; na verdade, ela não foi pois estava com medo do que poderia acontecer devido a recente ascensão da Ku Klux Klan no Sul. Quando Clark Gable descobriu que McDaniel não iria por causa de questões raciais, ele ameaçou boicotar a estréia do filme; ele mais tarde rendeu-se a ir após McDaniel convencê-lo.

Scarlett O'Hara e Mammy
CURIOSIDADES:
 A competição para o papel de Mammy foi quase tão acirrado quanto o de Scarlett O'Hara. Eleanor Roosevelt escreveu para o produtor do filme, David O. Selznick, para pedir-lhe que o papel fosse dado à sua própria empregada. McDaniel não achou que o papel iria ser dado a ela, pois era mais conhecida como atriz cômica. Clark Gable queria que o papel fosse dado para ela, e quando Hattie foi fazer o teste vestida num uniforme de empregada, Selznick percebeu que tinha achado sua Mammy.
 McDaniel faleceu aos cinquenta e sete anos de idade, no hospital da Casa para os Artistas de Cinema e Televisão, em Woodland Hills; sua herança somava um pouco menos que dez mil dólares. Vários fãs apareceram no local para relembrarem a vida e as conquistas da atriz. O desejo de Hattie era ser enterrada no Cemitério de Hollywood, juntamente com alguns de seus parceiros do cinema, mas o dono, Jules 'Jack' Roth, se recusou a permitir que uma negra fosse enterrada em seu cemitério. Então, Hattie veio a ser enterrada no Cemitério Angelus Rosedale, em Los Angeles.



Vivien Leigh recebendo o Oscar
PREMIOS:
 É o segundo filme com o maior número de indicações ao Oscar, ficando atrás apenas dos empatados A malvada, de 1950, e Titanic, de 1997, que foram indicados a 14 Oscar´s. …E o vento levou, que teve 13 indicações ao Oscar, conseguiu vencer oito e, fora das indicações tradicionais, conquistou outros dois especiais (um honorário e outro técnico), fato que o fez tornar-se o ganhador de dez estatuetas, sendo superado apenas por Ben-Hur, de 1959, que conquistou onze estatuetas.

Oscar´s:
01-Melhor filme
02-Melhor diretor Victor Fleming
03-Melhor atriz Vivien Leigh
04-Melhor atriz coadjuvante Hattie McDaniel
05-Melhor roteiro adaptado Sidney Howard
06-Melhor direção de arte Lyle R. Wheeler
07-Melhor fotografia Ernest Haller e Ray Rennahan
08-Melhor montagem Hal C. Kern

Premios speciais:
Oscar científico ou técnico R.D. Musgrave, pelo pioneirismo na utilização de equipamentos coordenados na    produção do filme
Oscar honorário  William Cameron Menzies, pelo excelente desempenho no uso de cores para a valorização do humor dramático na produção do filme

CRITICAS:
  O filme gira em torno de diversos aspectos, tal como a visão de cada personagem em si, como também a situação de guerra em que se encontrava. Mais que isso o filme tem suas características para ser considerado uma obra de arte, começando pelos cenários, da primeira cena ate a ultima você se pergunta como foi possível manter tão a risca a riqueza de imagens, tendo em vista que o filme tem 241 min.
  Difícil classificar o filme apenas com uma sinopse, pois ele segue uma base. Mas dentro dessa base diversas histórias, e personagens impactantes. Ao final do filme, a personagem Scarlett O'Hara é a que vai se resumir em todo o contexto da obra, isso porque muitas pessoas depois de verem o filme se esquecem da importância dos outros personagens, não que Scarlett não seja importante, alias ela é o ponto alto do filme ( vou falar da personagem em seguida ), mas os dramas e alegrias em que os que atuam vivem também são de grande relevância.


 Linda, Meiga, Brava, Verdadeira, Mentirosa, Rica, Pobre, Fria, Amorosa, Tímida, Falante, Falsa, Amargurada, Feliz, Insistente, Teimosa, Elegante, Deselegante, Sozinha, Depressiva, Esperançosa e mais N fatos tornam uma das, ou a personagem mais intrigante e famosa da história do Cinema, esta é  Scarlett O'Hara




 A trilha sonora dispensa qualquer comentário, ela é contemporanea e marcante na vida de qualquer pessoa que tenha visto E O Vento Levou. Acho culminante a importancia que dão a terra, tanto o pai de O'Hara, quanto ela, é algo que se sobrepõe a questão da conquista e nos mostra como é difícil manter algo conquistado e como nosso posicionamento chega a tal ponto que reivindicamos da vida própria para viver apenas pela suprema condição nos dada psicologicamente e enfatizada acima de qualquer sentimento que possa ocorrer.


Trilha Sonora: 

Max Steiner
Max Steiner (1888 – 1971)
 
 Um dos maiores compositores de trilhas sonoras de todos os tempos, Max Steiner nasceu em Viena, Áustria, no dia 10 de Maio de 1888. Filho e neto de empresários do entretenimento, ele herdou o nome Maximilian do avô, dono do Teatro de Viena, onde foram apresentadas operetas clássicas de Johann Strauss Jr. e Franz Lehár.   
 Uma criança prodigiosa, Steiner completou o curso de quatro anos da Imperial Academy of Music em apenas um. Além disso, aos 16 anos de idade, escreveu trilha (música e letra) e libretto de The Beautiful Greek Girl, opereta apresentada durante um ano na capital austríaca. Curiosamente, The Beautiful Greek Girl e The Crystal Cup, outra opereta, foram dois raros trabalhos de Steiner como compositor antes de chegar à Hollywood.


INESQUECÍVEL!

"Dias e mais dias podem se passar, manhãs após manhãs para se pensar(Scarlett),
                                                Mas nunca o vento Levou este Filme e tão pouco Levará"


6 comentários:

  1. Excelente pesquisa sobre E O Vento Levou, com detalhes que eu não conhecia.
    Parabéns, o blog já tá nos meus favoritos.

    ResponderExcluir
  2. Caro confrade!
    Minha amiga Gloria Policano indicou-me seu espaço cibernético, que passei a segui-lo, porque o apreciei sobremaneira! Continue a nos brindar com relatos circunstanciados de películas imperdíveis, que são referências na filmografia mundial! Parabéns!
    Caloroso abraço! Saudações cinéfilas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

    ResponderExcluir
  3. Ana, e Prof João Paulo,
    sejam bem vindos!
    Suas presenças enriquecem meu blog.


    Prof Paulo, seu blog também esta ótimo!
    Ja sou seguidor.
    Parabéns
    E Saudações cinéfilas!

    ResponderExcluir
  4. Caro confrade!
    Que alvisssareiro saber que você, além de embarcar no meu vagão do Expresso Oriente, também o está seguindo! Muito obrigado pela deferência!
    Caloroso abraço! Saudações Tierneyanas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

    ResponderExcluir
  5. Eric,
    Confesso que você me surpreendeu!
    Está tudo muito bom, leve, elegante...perfeito!
    Seu Blog já está adicionado nos meus favoritos e é com muita alegria que eu o indico aos meus amigos.
    Sucesso!!!
    Receba meu abraço carinhoso,
    Gloria Policano

    ResponderExcluir
  6. Gloria,
    É com grande satisfação,
    que eu a recebo no meu blog,
    espero continuar atendendo as expectativas.

    Um grande abraço.

    ResponderExcluir